Precisamos falar sobre o elefante na sala: Storytelling vende?

   24/06/2024  |     Victória Lieberknecht

Trabalhar a comunicação de uma marca com base no Storytelling costuma ser tentador aos gestores. Afinal, esse tipo de marketing valoriza a trajetória da empresa até chegar onde está hoje. No entanto, uma dúvida pode ficar pairando no ar, então precisamos falar sobre o elefante na sala: Storytelling vende? Existe explicação científica para esse questionamento. Nos acompanha?

Na metade de junho, aconteceu mais um Laboratório da Âme Storytelling, momento em que uma integrante da equipe prepara um conteúdo para compartilhar, ensinar, gerar ideias. Nesta oportunidade, foi a vez da Victória, que a partir de leituras e pesquisas nos presenteou com o tema Storytelling e vendas. Afinal, contar histórias, vende?

A resposta rápida? Sim.

Já a resposta longa…

Imagine que o nosso cérebro é como uma casa…

O Cérebro Reptiliano é o portão de entrada, lá na frente. Ele nos cerca, nos protege, está sempre pronto para nos defender. Ele é simples, básico. Mas não se engane: ele é importante, afinal, não tem como acessar o interior da casa sem passar por ele.

A porta de entrada da casa é o Cérebro Límbico. É ele que nos convida a limpar os pés no tapete, entrar, sentir o cheirinho de café recém passado, o calor do interior aconchegante. Ele é o responsável pelas emoções, sensações. E aí vem o Neocórtex, o centro da casa. Nem toda visita tem acesso a esse espaço tão importante, onde todas as decisões familiares são tomadas.

Cada mensagem da sua marca está esperando do lado de fora dessa casa, na calçada. Cada mensagem bate palmas no portão, toca a campainha e espera ter o privilégio do acesso. Muitas mensagens não cruzam o portão, muito menos a porta de entrada. Ficam do lado de fora, sentadas no meio-fio.

E qual o papel das histórias, então?

Primeiro elas geram a curiosidade do portão. Quando menos percebe, ele abre, instintivamente. Foi provocado. Quebrando a expectativa do portão, que sabe muito bem como se blindar de mensagens que incomodam, interrompem, elas conseguem o tão sonhado primeiro acesso. Não precisaram gritar, bater palmas ou tocar a campainha. Elas conquistam o acesso à porta da casa.

Imagem ilustrativa com texto: Ao conquistar o sistema límbico, fica mais fácil acessar o centro da casa, o neocórtex, onde são tomadas todas as decisões daquele cérebro. - Precisamos falar sobre o elefante na sala: Storytelling vende?

Ali elas emocionam, geram conexão. Não chegam batendo forte na porta, exigindo a entrada. As histórias chegam elogiando o jardim, a florzinha plantada com tanto carinho, próxima da soleira da porta. Comentam o quanto o som que range ao ser pisado lembra a casa de sua própria avó. Conversam sobre os sons que dão tanta saudade. Oferecem um prato de sobremesa preparado com carinho, que sabe ser o favorito de quem está lá no Neocórtex, tomando as decisões mais difíceis. E quando menos se percebe, lá está a história, influenciando decisões no espaço mais cobiçado da casa.

E não é isso o que mais você deseja, como marca? Influenciar decisões, vender? Eu imagino que a sua resposta rápida seja: sim.

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