É de conhecimento comum que a junção dos ingredientes forma os pratos. Então misturando farinha e água o resultado obtido é? Pão? Pizza? Um biscoito para o café da tarde? Não, já sei! Deve ser macarrão, certeza! Mas e se for macarrão, é espaguete? Ou pene? Poderia ser talharim também, ou até letrinhas para uma sopa. Difícil dizer com certeza… Mas como pode haver tantas variáveis se é só farinha e água?

Não se engane, esse texto não é sobre culinária, mas continua sendo sobre saber misturar os ingredientes. Farinha e água podem resultar em uma infinidade de possibilidades, tudo depende de um único fator principal: o objetivo. Sabendo qual é o objetivo, as escolhas se tornam certeiras, sem espaço para subjetividade (ou gosto pessoal). Você vai saber qual farinha usar, quanta água vai precisar e quais temperos vão melhorar o resultado. 

Apesar de me aventurar na cozinha de vez em quando, esse LinkedIn pertence a uma Designer e, por incrível que pareça, essa linha de raciocínio me acompanha quase que diariamente, principalmente na hora de construir identidades visuais. Os ingredientes costumam ser sempre muito parecidos: uma tipografia, uma paleta de cores e alguns gráficos de apoio. Mas qual receita eu uso?

Vou te desapontar. Nesse caso não existe uma receita, mas sim a busca pelo objetivo. Cada elemento pode ser combinado de infinitas formas, um traço de desenho vai conversar com diferentes públicos e cada cor vai transmitir uma mensagem específica… Sem contar que dependendo do contexto, os significados podem mudar por completo.

Definir, combinar e conceitualizar uma identidade visual não é sobre beleza, mas é sobre conhecer cada ingrediente que está à disposição, entender quem vai provar desse prato e traçar uma estratégia para que ele, o objetivo, seja alcançado.

PS: Eu queria comer uma pizza.